As exportações de frango do Brasil sofrem com suspensão de diversos países após o primeiro caso de gripe aviária registrado em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. A confirmação da doença, no dia 15 de maio, levou a uma reação em cadeia de vários governos estrangeiros que decidiram impor restrições à carne de aves brasileira. O impacto direto na balança comercial já começa a ser sentido, especialmente porque o Brasil é o maior exportador de frango do mundo e tem no setor uma importante fonte de receita internacional.
Entre os países que suspenderam totalmente as exportações de frango do Brasil estão Kuwait e Macedônia do Norte. Ambos decidiram interromper a compra do produto de todo o território nacional, mesmo diante das garantias do governo brasileiro de que não há risco no consumo da carne. A Macedônia inicialmente havia embargado apenas o estado do Rio Grande do Sul, mas após reavaliação, estendeu a suspensão para o país inteiro. Essa medida, apesar de cautelosa, representa uma pressão significativa sobre o setor avícola nacional.
As exportações de frango do Brasil sofrem com suspensão mesmo diante de esforços do governo para conter a propagação da doença. O Ministério da Agricultura já concluiu a desinfecção da granja afetada no município de Montenegro e iniciou a contagem de 28 dias sem novos casos, etapa necessária para que o país se declare livre da gripe aviária. No entanto, como ressaltou o ministro Carlos Fávaro, esse processo não garante automaticamente a retomada das exportações, uma vez que muitos países continuarão impondo exigências e questionamentos antes de reabrirem seus mercados.
Apesar das dificuldades, alguns países optaram por restrições mais pontuais, limitando o embargo apenas ao estado do Rio Grande do Sul. É o caso da Namíbia, que flexibilizou sua posição inicial e manteve o comércio com o restante do país. Já Japão e Emirados Árabes Unidos restringiram somente a cidade de Montenegro, onde o foco foi identificado, e que não possui frigoríficos com certificação para exportação. Essa diferenciação mostra que ainda há espaço para diálogo técnico e medidas negociadas, evitando o colapso completo do comércio internacional de aves.
As exportações de frango do Brasil sofrem com suspensão ao mesmo tempo em que os ovos seguem em relativa estabilidade. Segundo o Ministério da Agricultura, apenas o Chile, segundo maior comprador de ovos brasileiros, suspendeu temporariamente as importações. Os demais principais destinos, como Estados Unidos, México, Emirados Árabes e Japão, mantiveram as compras regulares. Isso se deve ao fato de que o Brasil exporta apenas 1% de sua produção de ovos, o que limita os impactos nesse segmento específico.
Com as exportações de frango do Brasil sofrendo com suspensão, produtores enfrentam o desafio de armazenar excedentes que não podem ser enviados ao exterior. A solução encontrada foi a liberação para estocagem em contêineres refrigerados, medida emergencial que evita o desperdício da carne e minimiza prejuízos. No entanto, essa é uma resposta temporária e que não resolve o problema de fundo, que exige ação diplomática, controle sanitário rigoroso e campanhas de esclarecimento junto aos parceiros comerciais.
As exportações de frango do Brasil sofrem com suspensão em um momento delicado para o agronegócio, já pressionado por questões climáticas e instabilidades logísticas. A avicultura é um dos pilares da economia brasileira, gerando milhões de empregos diretos e indiretos, além de ser responsável por parte expressiva das exportações do país. Por isso, o bloqueio em massa de mercados internacionais pode causar uma reação em cadeia no setor, afetando pequenos e grandes produtores, indústrias de ração, transportadoras e frigoríficos.
Diante do cenário em que as exportações de frango do Brasil sofrem com suspensão, o governo busca atuar em duas frentes: erradicar completamente o foco da doença e restabelecer a confiança dos parceiros comerciais. A diplomacia sanitária será fundamental para demonstrar que o Brasil tem capacidade técnica para conter surtos com rapidez e transparência. Enquanto isso, o setor avícola aguarda ansiosamente pela reabertura dos mercados, na esperança de que os esforços internos se traduzam em retomada do comércio internacional.
Autor: Zusye Pereira