O preço do ovo no Rio Grande do Sul apresentou um aumento expressivo nos últimos dois meses e meio, com uma alta acumulada de 78,37%. Esse aumento foi registrado em um levantamento realizado pela Companhia Estadual de Abastecimento (Ceasa/RS) entre os dias 26 de novembro de 2024 e 18 de fevereiro de 2025. O preço da dúzia de ovos passou de R$ 10,57 para R$ 18,83 no período analisado, refletindo uma disparada significativa no custo do produto.
O ovo, que é um alimento básico na mesa dos gaúchos e dos brasileiros em geral, tem sofrido com uma série de fatores que impactaram sua produção e distribuição. A escassez de oferta, somada ao aumento dos custos de produção, é apontada como uma das principais razões para a alta no preço. O levantamento feito pela Ceasa/RS mostra que a oferta do produto não tem acompanhado a demanda, resultando em uma pressão sobre os preços.
A produção de ovos no Rio Grande do Sul enfrentou desafios devido ao aumento nos preços de insumos essenciais, como ração e energia elétrica, o que contribuiu para o encarecimento. Os produtores têm enfrentado margens menores, o que tem impactado a capacidade de produção e afetado diretamente o preço pago ao consumidor final. O aumento da demanda em função de festas de fim de ano e outras sazonalidades também ajudou a pressionar os preços.
Outro fator importante para esse aumento é a inflação generalizada no Brasil, que tem afetado diversos setores da economia. A combinação de altos custos de produção e dificuldades logísticas de distribuição têm levado a uma situação em que o preço do ovo disparou nos últimos meses. O impacto dessa alta tem sido sentido por muitas famílias que, já com dificuldades econômicas, precisam ajustar seus orçamentos.
A Ceasa/RS, responsável por monitorar os preços de alimentos em diversas cidades do estado, observa que a alta do ovo não é um fenômeno isolado, mas sim parte de um quadro mais amplo de aumento nos custos dos alimentos. A instabilidade no mercado de ovos tem gerado um cenário de incertezas para os consumidores, que estão cada vez mais pressionados por preços altos e pela necessidade de ajustes em suas compras diárias.
A previsão para os próximos meses é que, com a chegada do outono e o aumento da demanda por ovos em diferentes festas e celebrações, o preço possa continuar alto. No entanto, especialistas afirmam que a tendência de alta pode se estabilizar com o tempo, à medida que a oferta de ovos volte a crescer e os custos de produção possam ser minimizados. Contudo, o cenário ainda é de alta volatilidade no mercado.
As autoridades estaduais e as entidades de classe dos produtores estão buscando alternativas para melhorar a oferta de ovos e reduzir a pressão sobre os preços. Investimentos em tecnologia e em técnicas de produção mais eficientes podem ser caminhos para aliviar o impacto sobre o preço do produto, mas não há garantia de que isso aconteça em curto prazo. A Ceasa/RS continuará acompanhando de perto o mercado para fornecer informações precisas.
Enquanto isso, o consumidor gaúcho precisa lidar com os preços elevados, ajustando seus hábitos de consumo e tentando encontrar alternativas para continuar adquirindo ovos sem comprometer tanto o orçamento doméstico. O alto preço do ovo é um reflexo das dificuldades econômicas enfrentadas pelo estado e pelo país, exigindo atenção e medidas eficazes para garantir a estabilidade dos preços e a acessibilidade do produto.