O Rio Grande do Sul tem enfrentado um grave surto de dengue em 2025, com um número alarmante de mortes e casos confirmados. Somente no mês de maio, o estado registrou mais três óbitos, elevando o total de mortes para 16 até o momento. A doença continua a afetar diversas cidades, com destaque para Viamão, Porto Alegre, e Erechim, que apresentam os maiores números de vítimas fatais. A propagação do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti tem gerado uma preocupação crescente entre autoridades sanitárias e a população local.
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), vinculado à Secretaria Estadual da Saúde (SES), tem acompanhado de perto o desenvolvimento da epidemia. Com 77.923 casos notificados, o Rio Grande do Sul já enfrenta uma das maiores taxas de incidência de dengue dos últimos anos. A cidade de Viamão, por exemplo, lidera com 4.717 casos confirmados, seguida de Porto Alegre, com 3.414. Essas cifras demonstram a rápida disseminação da doença, que tem afetado uma quantidade significativa de pessoas, gerando também uma sobrecarga nos serviços de saúde.
Entre as novas vítimas fatais, destaca-se uma mulher de 73 anos, moradora de Viamão, que faleceu em abril, e um homem de 68 anos de Erechim, que não resistiu à doença. Ambos os casos envolvem pessoas com comorbidades, o que agravou o quadro clínico e resultou em mortes. Em Estrela, uma mulher de 64 anos também sucumbiu à doença, sendo a terceira fatalidade confirmada na cidade. A falta de prevenção adequada e o aumento da população de mosquitos têm sido fatores determinantes para a escalada do número de vítimas.
Porto Alegre continua sendo a cidade com o maior número de óbitos, com seis mortes confirmadas. Outros municípios, como Viamão, Alvorada e Cachoeira do Sul, também registraram vítimas fatais. Esse panorama reflete a abrangência da epidemia, que não afeta apenas áreas periféricas, mas também a capital gaúcha, uma das maiores cidades do estado. O impacto da dengue no Rio Grande do Sul é inegável e exige uma resposta urgente das autoridades e da população para controlar a disseminação do mosquito e evitar mais tragédias.
Além das mortes, o Rio Grande do Sul enfrenta um grande número de casos graves de dengue, que demandam hospitalização e cuidados médicos especializados. Até o momento, foram confirmados 17.570 casos da doença, com milhares de pessoas ainda sob investigação. A alta taxa de notificação e a grande quantidade de casos suspeitos indicam a necessidade de ações rápidas e eficazes para reduzir a propagação do vírus. Entre as medidas emergenciais, estão o reforço nas campanhas de conscientização, a ampliação da oferta de leitos e a intensificação da fiscalização em áreas com alta incidência.
A prevenção da dengue no Rio Grande do Sul se tornou uma prioridade de saúde pública. As autoridades têm orientado a população a adotar medidas simples, mas eficazes, como a eliminação de focos de água parada, onde o mosquito Aedes aegypti se reproduz. Além disso, é recomendado o uso de repelentes e a revisão constante dos locais onde há acúmulo de água, como caixas d’água, pneus e garrafas vazias. A colaboração da população é fundamental para interromper o ciclo de vida do mosquito e reduzir o número de casos de dengue.
O combate à dengue no estado exige uma abordagem integrada entre governos estadual e municipal. A colaboração entre as esferas pública e privada é essencial para o sucesso das ações preventivas e curativas. A Secretaria Estadual de Saúde tem intensificado o trabalho de monitoramento e resposta a surtos, mas é necessário que cada indivíduo faça sua parte. A conscientização sobre os sintomas da doença, como febre alta, dor no corpo e manchas vermelhas na pele, também é crucial para garantir que os pacientes busquem tratamento médico precocemente, evitando complicações graves e óbitos.
Com a chegada do inverno, espera-se uma redução na incidência de casos, mas as autoridades não podem relaxar na vigilância. O ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti pode ser controlado durante todo o ano, e a prevenção deve ser uma prática constante. O surto de dengue no Rio Grande do Sul é um alerta para a importância de manter o cuidado com o meio ambiente e as condições sanitárias. Ao adotar medidas preventivas, o estado pode evitar que novos surtos se tornem epidemias, protegendo a saúde da população e reduzindo os custos com tratamentos e hospitalizações.
O aumento de mortes e casos de dengue no Rio Grande do Sul é um reflexo da urgência de ações mais eficazes para combater a doença. A epidemia não apenas coloca em risco a saúde pública, mas também traz impactos sociais e econômicos significativos. O controle da dengue passa pela conscientização coletiva, pelo empenho das autoridades em estruturar um sistema de saúde capaz de dar conta da demanda crescente e pela colaboração de cada cidadão na eliminação de focos do mosquito transmissor. Com um esforço conjunto, é possível reduzir o impacto da dengue e salvar vidas no estado.
Autor: Zusye Pereira